segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Como é cobrir um UFC?

O trabalho final da matéria de Editoração Eletrônica era produzir um micro jornal. O jornal se chama Contramão e seria voltado ao jornalismo gonzo. Minha matéria seria sobre minha cobertura do UFC Fight Night 36, que teve na luta principal Lyoto Machida contra Gegard Mousasi. Meu texto original ficou muito longo, teve 3 páginas, não sei se teve mais de 10 mil caracteres. Cortando, ele ficou com 4 mil. Infelizmente, eu acabei salvando por cima, e jamais teremos a versão original.... Na verdade ATÉ teremos, mas eu não tô querendo escrever tudo novamente tão cedo. Quem sabe depois que eu cobrir o UFC Brasília eu escreva um novo. 
A versão cortada ainda ficou grande demais para um jornal que seria feito com formato A4 e ainda teria fotos. Com isso, tive a brilhante ideia de por só uma parte e trazer no jornal e no fim por o link para ler a matéria na íntegra no meu blog. 

This is what dreams are made of

Acompanho MMA desde 2006, na época que o Pride FC ainda era o maior evento de MMA do mundo. Virei um fã hardcore lá por 2008 e em 2010 comecei a escrever para o www.MMABrasil.com.br quando cobri o Floripa Fight VI. De 2010 até hoje, muita coisa mudou na minha relação com o MMA. No começo eu mantinha uma imparcialidade mesmo torcendo para um lutador, hoje sou mais frio, não torço para nenhum lutador, mas sim para um bom combate. Estar em um UFC sempre foi um sonho. E eu tinha a credencial para assistir o UFC do lado do Octagon.


O dia mais aguardado


Quinta-feira, dia 13 de fevereiro. As atividades do evento começam Sociedade Cultura Artística (SCAR), um centro cultural de Jaraguá, onde iria acontecer o Media Scrum e o treino aberto para a imprensa. Chego lá uma hora antes do check-in de imprensa. Não cheguei cedo porque estava ansioso (apesar de estar), mas porque eu não tinha o que fazer em Jaraguá.

Decidi entrar porque o segurança falou que não tinha problema e o credenciamento era no segundo andar. Uma mina da assessoria disse que ainda não podia fazer o check-in e deveria esperar no andar de baixo. Esperando no primeiro andar, passou a Jhenny Andrade, ex-modelo da VIP e agora Octagon Girl e o Junior Cigano.

Depois de o jornalistas deixarem seus computadores a postos, na sala de imprensa, fomos para o pequeno teatro ver o treino aberto dos lutadores. Que coisa mais entediante. Ver uns caras socando manopla e aquecendo. Gegard Mousasi, que enfrentaria Lyoto Machida na luta principal, achava a mesma coisa e ia sair antes da hora. Porém, empresário fez o número três com os dedos, avisando que ele tinha que ficar mais tempo. “Puta que pariu, que coisa chata” parecia pensar Mousasi. A única coisa empolgante foi ver Georges St-Pierre (GSP) acompanhando seu colega de equipe Francis Carmont. GSP havia se aposentado recentemente, não esperava que ele estivesse ali. Dei um pulo um pulo. Adrenalina na veia e olhos arregarados. Sim, eu sei que um jornalista tem que ser imparcial. Mas PQP, era o ST-PIERRE! Um dos maiores lutadores do UFC, um ídolo tanto na luta quanto no caratér.

De volta à sala de imprensa, o protagonista nas conversas era GSP. “Será que ele estará no Media Scrum acompanhando o Francis?”. Media scrum nada mais é do que um bate papo com os lutadores. Cada um fica no stand e os jornalistas vão conversar com eles. Na porta da sala está Georges. Alguns jornalistas falam com ele. Vejo que Jorge está lá com sua câmera. Ele pede para eu tirar uma foto dele com o ídolo. “Claro! Depois tu tira uma minha?”. Jorge tirou três fotos minha. Media Scrum encerrado, era hora de voltar pra sala de imprensa e aproveitar a internet do local para terminar as matérias.


Chegou a hora
Passei o dia ansioso, contando os minutos até o check-in da imprensa, as 20h. O pessoal da transmissão do canal Sportv estava na sala de imprensa. Kyra Gracie estava com o rosto mais cheinho. Sempre ouvi dizer que a TV engorda, não que emagrece. Mais tarde descobri que ela estava grávida. A notícia só foi divulgada uma semana depois.

Minha credencial permitia ficar nas mesas ao lado do octógono. Para ser sincero, não é o melhor lugar para ver a luta. Quando os lutadores iam para o lado oposto a mesa, eu tinha que assistir no telão. A atmosfera no ginásio é fantástica. Todos torcendo e batendo o pé, fazendo o telão tremer. Com o fim das lutas, era hora da coletiva pós-evento. Fiz a última pergunta da coletiva e você pode conferi-lá na íntegra no canal do UFC no youtube (www.youtube.com.br/user/ufc). Na saída, encontrei a Karyn Brynt, repórter da Fox Sports. Na estrada, voltando pra ca, a única coisa que eu pensava era “eu quero viver de UFC”. Enquanto pensava nisso, devo ter estourado o limite de velocidade em alguns radares. Em setembro estarei em Brasília. Espero mais uma dose de “quero viver de UFC”.

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