sexta-feira, 13 de maio de 2016

O verdadeiro Rock das Aranhas

Se você já teve relações sexuais com uma mulher, deve (deveria) ter feito sexo oral nela. Talvez você achou que teve um bom desempenho. Talvez não. Mas relaxe, sua dúvida será sanada. Você mandou mal. Mal se comparado à aranha Caerostris darwini, nativa de Madagascar. O macho da espécie não tem papas na língua - na verdade eles nem tem línguas - e chega a salivar no epígino, órgão genital feminino, até 100 vezes durante a cópula. Incluindo aí preliminares, durante a fornicação e “after”. O estudo foi divulgado na revista Nature.

A espécie foi descoberta em 24 de novembro de 2009, aniversário de 150 anos do livro “A Origem das Espécies. Por isso o Darwini no nome. Mas esse comportamento raríssimo só foi descoberto em abril, quando o resultado da pesquisa feita por cientistas eslovenos foi publicado. Outros pesquisadores já sabiam que alguns mamíferos praticam felação, como leões, lêmures (eles não se remexem muito à toa) e chimpanzés. Mas cunilíngua é algo ainda mais raro.

Como quase todo mundo sabe, as aranhas fêmeas costumam canibalizar o macho após a cópula. O motivo? Não é raiva por um sexo ruim, mas sim um sacrifício do macho. Se a fêmea estiver bem nutrida, é mais provável que ela sobreviva e seus genes sigam em frente. Além do fato de que os machos não costumam copular uma segunda vez, então whatever. A vida selvagem não é fácil. Primeiro que, por serem animais solitários, encontrar uma fêmea é complicado. Segundo, escapar dos predadores e sobreviver de uma possível batalha contra outro macho para transar é uma grande vitória para os pequeninos.

A C. darwini, como boa parte das aranhas, possuem a fêmea maior que o macho. Nessa espécie, o menino tem um terço do tamanho das pretendidas. Tirando da língua matemática, quer dizer que uma fêmea equivale a três boys aranhas. É como se o falecido Nelson Ned, 1,12m, transasse com uma mulher de 3,36m. Mas ao contrário de outras espécies, a Darwini não aproveita do seu tamanho para forçar o “sexo oral” no macho. Todos os machos analisados na pesquisa apresentaram esse comportamento.

Não há uma resposta definitiva sobre o motivo dos boys-aranhas caírem de boca na fêmea. Existem duas possibilidades: uma é que as enzimas presentes na saliva (você sabe como as aranhas comem?) mostrem a qualidade dele. Parecido com o macho da espécie ser humano, mas sem a parte das enzimas e saliva. O segundo motivo é que a saliva possa reduzir a chance do esperma de outros machos fecundarem os óvulos a fêmea, novamente aumentando a chance do seus genes continuarem na terra.

Mas nem tudo são flores para eles. Eles ainda correm risco de serem canibalizados. Fora que, para garantir essas já citadas “maiores chances” de fecundação, o macho pode deixar o recorrer ao “plugging”, ato de despejar uma espécie de cola na abertura do órgão da fêmea, que seca após a cópula, ou cortar os seus pedipalpos (par de pernas ao lado das guelíceras, responsável por depositar o esperma no epígino) trancando a entrada. Já ouviu o termo da língua inglesa “cock-blocking” (“empata foda” na versão brasileira)? É quase literalmente isso, já que o macho “ejacula” pelo órgão reprodutor que fica no abdômen e não pelo pedipalpo.


Na próxima vez que você for para a cama com uma mulher, lembre-se: não basta ser só um leão. Você tem que ser uma aranha Darwini. Só que fique ligado que quantidade não é qualidade e uma salivada bem dada pode não só te garantir mais transas como também perpetuar os genes - ou uma relação. E se prepare para ser comido.

domingo, 12 de julho de 2015

O dia em que acharam que eu e meu pai éramos um casal gay

O ano era 2011 ou 2012, não lembro foda-se. Só sei que era verão. Meu pai tinha um C3 (carro nada másculo) na época. A amiga da minha madrasta estava em Floripa porque o filho dela (amiga) estava no hospital se tratando para bipolaridade.

A minha madrasta ainda não tinha contado para suas amigas sobre seu relacionamento com meu pai, então toda vez que ele ia levar alguma coisa para a amiga dela (vamos chamar de Fulana, já que não lembro o nome dela), a Fulana, ele se apresentava como amigo, e não namorado da minha madrastra.

Meu pai levava algumas comidas para o garoto, afinal, comida de hospital é mó bosta. Junkie food HUE HUE BR em geral. Só que aconteceu um PROBLEMA! A Fulana começou a ficar a fim do meu pai. Meu pai, modéstia a parte, é um baita garanhão. Genética boa.

Um dia eu fui com meu pai no hospital, só que eu fiquei no carro. Meu pai foi lá, entregou as paradas e a Fulana pediu para ele ficar mais um pouco (estilo Dona Florinda e a xícara de café). Ele usou a desculpa "não posso, minha namorada está no carro".

Uns dias depois, a Fulana estavam conversando no salão com as amigas e ela falou "Nossa, muito simpático ele, pena que tem namorada". Nisso, o mulequinho, que também estava no salão soltou "namorada? Que nada. Tava com um garotão no carro. É uma bichona!". Pronto, começou a nossa fama (minha e do meu pai). Depois a fulana foi conversar sobre isso com minha madrasta e ficou aquele mal-entendido. Minha madrasta e meu pai ainda não tinham assumido o namoro. E o pior de tudo é que eu só fui saber dessa fama DEPOIS que tudo foi resolvido. Mas claro, meu pai faz umas cagadas, como comprar uma rosa comigo no C3, usar creminhos e tal...

Felizmente depois foi tudo explicado e eu perdi a fama de michê de velho. Meu pai continua garanhão e eu continuo escrevendo na internet.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Os 4 momentos mais tristes de How I Met Your Mother

How I Met Your Mother é minha série favorita. Gosto da mistura de comédia e drama da série que retrata muitos momentos da vida real que já passamos ou passaremos um dia. Eu comecei a assistir a série num momento importante da minha vida (sair de casa para morar sozinho), talvez por isso a série tenha me marcado tanto. Já li o "Bro Code" mais de 10 vezes (sem mentira), "Playbook" e "Bro On The Go". Sem mais delongas, segue a lista. CONTÉM SPOILERS!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Fórmula 1 - Decadence avec elegance

Texto feito para a disciplina Redação para Internet da 3ª fase do curso de jornalismo da UFSC

Desde a sua criação em 1950 a Fórmula 1 é considerada a categoria mais importante do automobilismo. Pilotar um bólido da F1 é o sonho da enorme maioria dos pilotos do mundo. Ou pelo menos era, já que muitos hoje estão decepcionados com o rumo que a categoria seguiu. Não basta ter talento, tem que trazer patrocínio, afinal, a Fórmula 1 é uma competição de luxo e glamour, está caríssima. Vale mais a pena correr na Indy, DTM, Endurance ou na recém criada Fórmula-E, categoria para fórmulas de motor elétrico.

Em 2000 haviam 11 equipes na Fórmula. 7 delas não existem mais hoje. 5 venderam a "vaga". Jordan virou Force India, Jaguar virou Red Bull Racing, Benneton hoje é a Lotus, BAR-Honda é a Mercedes e Minardi é a Scuderia Toro Rosso. Prost Gran Prix e Arrows fecharam a porta. Do ínicio desse milênio até hoje, nasceram Toyota, Super Aguri, Hispania e Marussia. Esta última fechou a porta recentemente. Caterham que entrou em 2010 junto com Hispania e Marussia, está respirando com a ajuda de aparelhos. Toyota não aguentou a crise global de 2008 e a Super Aguri ficou uma temporada e desistiu depois de fazer quatro corridas na sua segunda.

A F1 é um dos esportes mais caros do e lucrativos do mundo, e isso se deve ao chefão Bernie Ecclestone. Bernie era chefe da equipe Brabham na década de 70 e 80 além de líder da Formula One Constructor's Association (FOCA). Nos anos 80 ele, como presidente da FOCA, entrou em guerra com a Fédération Internationale du Sport Automobile (FISA). Alguns dos vários motivos eram a imparcialidade da FISA em relação aos times maiores - Ferrari, Renault e Alfa Romeo -, o regulamento técnico e os aspectos comerciais do esporte.

Balestre (esquerda) e Ecclestone conversam no GP de
Mônaco em 1981.
Na verdade a guerra de Bernie era também contra o Jean-Marie Balestre, o presidente da FISA. Balestre conquistou o ódio dos brasileiros em 1989, após desclassificar Ayrton Senna no GP do Japão. Sem essa desclassificação, Senna teria chances de ser tricampeão caso vencesse na corrida seguinta e Alain Prost, amigo pessoal de Balestre, vice. Com a decisão exclusiva de Balestre, Prost conquistou seu terceiro título e Senna ficou em segundo. "A melhor decisão é a minha decisão!", falou Balestre para Senna. Agora que você já tem uma noção do nível de ditadura de Balestre, vamos voltar para a Guerra.

A F1 funcionava assim: A FISA regulava o esporte, os autódromos negociavam uma data para as corridas e a FOCA distribuía os diretos televisivos para a equipe. A treta foi que a FISA começou a alterar umas regras, como os carros com efeito asa-solo e freios resfriados com água, o que emputeceu as equipes privadas. As equipes de fábrica (Renault, Alfa Romeo e Ferrari) tinham os poderosos motores turbo, enquanto os "garagistas" usavam V8 da Ford que tinham a mesma configuração dos motores de 67. "Vocês ficam com os turbos e nós tiram nossa vantagem aerodinâmica? Sacanagem!", devem ter pensado todas as equipes privadas. Rolou boicote das fabricantes no GP da Espanha em 80. O que Balestre fez? Desvalidou a corrida para o campeonato. Em 82, no GP de San Marino, foi a vez das equipes da FOCA boicotarem a corrida, achando que o Balestre também invalidaria a corrida. Mas por Deus, esse é Jean-Marie Balestre, um francês que mais parecia um mafioso italiano. Ele manteve a corrida como válida para o campeonato. No fim do ano, o piloto campeão foi Keke Rosberg, da Williams. E a equipe campeã foi a Ferrari, 5 pontos na frente da McLaren.

Depois de muitas desavenças e ameaças de criar um campeonato de fórmulas paralelo a F1, no fim de 1982 a FISA e a FOCA chegaram em um acordo, e com isso, os direitos comerciais passaram a ser geridos pela Formula One Group (FOG), criada por Bernie Ecclestone. Os lucros passaram a ser divididos mais "justamente" e as equipes concordaram em participar de todas as corridas sob multa. Até então era comum algumas equipes não viajarem para corridas fora da Europa. Alguns anos mais tarde, em 1991, Max Mosley, conselheiro legal de Bernie durante a guerra, foi eleito presidente da FISA. Em 1993 a FISA foi extinta e Mosley assumiu a presidência da FIA. Era o início de uma parceria maravilhosa para Bernie e Mosley.
Bernie Ecclestone e Max Mosley, a dupla dinâmica que fez
da F1 um negócio lucrativo (mais para eles)

Quando exisitia, a FOCA, no caso Bernie, ficava com 23% dos direitos televisivos. Hoje a Formula One Management (FOM), parte da FOG, cuida disso e fica com 49% dessa fatia. 1% vai para as equipes e o resto, 50% vai para a FIA. A FOM também recebe as taxas pagas pelos promotores. "Em compensação", ela paga os prêmios dos Grand Prix e dos 10 melhores colocados no mundial de construtores e pilotos.

Anos 2000

Mas a vida... Ah, a vida... Essa coisa é uma grande ironia. Em 2009 a Formula One Team Association (FOTA, fundada um ano antes) entrou em guerra com a FOM quando foi sugerido o teto orçamentário. Em 2007 começou o início da crise financeira, o estouro da bolha veio em 2008. O teto pareceu (e parece) uma grande ideia. Não só para fazer com que as equipes não vão a falência, mas como também para criar um cenário mais justo na competição. A Ferrari é a equipe mais rica do grid. Obviamente tem mais para gastar do que uma equipe privada, como a Force India. O problema é que as equipes ricas não queriam teto orçamentário, então Ferrari, BMW Sauber, Toyota, Renault, Red Bell e Toro Rosso anunciaram que saíram da Fórmula 1 e montariam sua própria competição de Fórmula. Similar aos anos da guerra FOCA-FISA, uma nova disputa política e de interesses surgia na F1, mas dessa vez, o vilão era Bernie. No fim da história, nenhum time desistiu da categoria. Na verdade entraram quatro. Mas na verdade mesmo, entraram três. A USF1 faliu antes mesmo da temporada começar. As três equipes que entraram foram Team Lotus, Manor e Hispania. Enquanto essas equipes entravam, a Toyota desistia da F1.
Membros da FOTA. Tutti buona gente

Sempre foi normal a saída e venda de equipes da F1, mas junto com o enorme avanço tecnológico, crise financeira e os altos custos do esporte o cenário da F1 é grave. A Hispania faliu em 2012, Marussia faliu este ano mas pode voltar com investidores (mas a situação está mais para não voltar) e a Caterham (que entrou como Team Lotus) ficou sem correr no Brasil e nos Estados Unidos, fez vaquinha na internet e com a ajuda do Bernie e de outras equipes (que deram equipamentos) conseguiu correr em Abu Dhabi. As equipes médias do grid, Lotus, Force India e Sauber, também passam por aperto financeiro e chegaram a ameaçar um boicote no GP de Austin e de São Paulo. As três equipes convocaram uma reunião com Bernie e falaram que havia a formação de cartel na F1. Essas equipes exigem uma distribuição igualitária dos direitos comercias e a criação de um teto orçamentário para que possam competir no mesmo nível que as outras equipes. A reunião aconteceu, mas ainda não sabemos o que ficou decidido.

Quem combate monstros deve ter cuidado para não se tornar um, e é isso que vem acontecendo com Bernie Ecclestone. Primeiro ele disse que "talvez" ele tivesse uma parcela de culpa na crise da Caterham e Marussia. Depois mudou de ideia e que a culpa era das equipes que não sabiam administrar o negócio. Outro problema é que a F1 vem perdendo a audiência no mundo todo. As equipes mais ricas monopolizam a competição e acabam diminuindo - muito - o fator surpresa das provas. Neste ano, por exemplo, a Mercedes venceu 16 de 19 corridas.

Equipes que venceram GPs desde 2010

Red Bull: 44
Mercedes: 20
McLaren: 18
Ferrari: 11
Lotus: 2
Williams: 1

"Prefiro os velhos de 70"

As equipes em crise, a F1 perdendo público e Bernie ignora a internet. É raro encontrar vídeos da F1 na internet. A FOM entra com pedido para apagar todos. Twitter? Nem pensar. Em comparação, a MotoGP e o World Endurance Championship (WEC) são ativas nas redes sociais e produzem material exclusivo e de graça, como entrevistas com pilotos, chefes de equipe e highlights das corridas. A MotoGP tem highlights dos acidentes e slowmotion.

Com o melhor social media da F1, a Lotus respondeu com estilo as declarações feitas por Bernie Ecclestone
Para Bernie, é melhor fazer a F1 para o rico de 70 anos do que o jovem de 15. Claro, uma pessoa de 70 anos tende a ter um poder aquisitivo, mas fidelizar um fã de 15 anos também é importante, já que, se tudo der certo, ele pode chegar aos 70 anos.

<blockquote class="twitter-tweet" lang="en"><p>Just in case you were wondering... we love social media at McLaren &amp; we love young <a href="https://twitter.com/hashtag/F1?src=hash">#F1</a> fans too! <a href="https://twitter.com/hashtag/McLarenNextGen?src=hash">#McLarenNextGen</a> <a href="http://t.co/KCOqaUuzNI">pic.twitter.com/KCOqaUuzNI</a></p>&mdash; McLaren (@McLarenF1) <a href="https://twitter.com/McLarenF1/status/533253062702686208">November 14, 2014</a></blockquote>
<script async src="//platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

A McLaren foi outra que respondeu Bernie Ecclestone de maneira divertida.

Com o possível grid de 18 carros para a próxima temporada, a direção da F1 quer que as equipes grids alinhem três carros. Mas não seria melhor fazer o oposto? Permitir que equipes menores alinhem um carro. Isso era permitido na década de 70 e 80. Pensem: podendo alinhar um carro, a equipe investiria a maior parte do dinheiro em um bólido e não dois, podendo até deixá-lo competitivo. Junto com isso, a FOM deveria criar um teto orçamentário. Não resolveria tudo, muito menos de maneira rápida, mas já é um começo.

Já na questão da popularidade e mídias sociais, Bernie disse que sabe que tem que levar a F1 para elas, mas não sabe como. Bem, ele não precisa saber, ele só precisa contratar os responsáveis pela social media da McLaren ou Lotus. Em relação ao youtube e vídeos na internet, ele pode seguir o exemplo da MotoGP. Vídeos das batidas? Isso faz sucesso, pois como diz Piquet...

"A maioria do pessoal que vê uma corrida de Fórmula 1 quer ver mesmo é trombada e capotagem, quer ver o circo pegar fogo."

A F1 é um esporte caro e só os bem investidos conseguem sucesso, mesmo decadente na audiência (que ainda se mantém alta) ela ainda movimenta milhões e tem um público fiel. Os anos dourados podem voltar, mas não serão como os anos dourados da década 70, quando a F1 era romancista. E por romancista eu digo como o estilo literário. A paixão por velocidade causava muitas mortes naquela época.

Mas sem dúvidas, os maiores avanços da F1 aconterão quando o Bernie Ecclestone sair do comando da FOM. Christian Horner, chefe da Red Bull Racing é cotado para substituí-lo. Se ele manter a postura que tem na Red Bull, a F1 estará bem encaminhada para voltar a ser popular e agradar a maior parte dos gregos e troianos.

domingo, 23 de novembro de 2014

Morto-vivo: Marussia decreta falência mas ainda pode correr em Abu Dhabi.

Texto feito para a disciplina Redação para Internet da 3ª fase do curso de jornalismo da UFSC

Na semana passada a Marussia decretou a falência oficial. Após o GP de Sochi, a administração da equipe de F1 foi passada para administradores legais. Esses administradores decidiram se retirar do GP de Austin e do Brasil como uma forma de tratamento paliativo para a saúde financeira de empresa. Nenhum comprador louco o suficiente apareceu nesse período e a simpática equipe anglo-russa fechou as portas no dia 07, deixando também 200 funcionários desempregados.

"Morto! Vivo! Morto! Morto! Morto-vivo!" LOWDON, Graeme
Sem esperar a vela de sete dias terminar, o chefe da equipe Graeme Lowdon anunciou que a equipe pode alinhar seus carros no GP de Abu Dhabi. A volta da Marussia F1 Team ficaria por conta de um grupo de investidores. Mas Lowdon garante que o objetivo é voltar em 2015. O principal investidor da equipe era a Marussia Motors, a primeira montadora de supercarros da Rússia, que faliu em abril deste ano, enquanto a verdadeira dona da vaga da Marussia F1 Team na Fórmula 1 é a Manor Motorsports, equipe britânica que compete na GP3, Eurocup Formula Renault e revelou pilotos como Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton. A Manor ganhou a vaga na F1 em 2009.

Manor Grand Prix: 2009 - 2014 (ou não)

Desde que foi aceita na "nobreza" do esporte automobilistico, a Manor nunca correu com seu nome de inscrição, Manor Grand Prix. Começou como Virgin Racing no seu primeiro ano de competição, 2010, por conta do rico patrocínio do bilionário Richard Branson. Em 2012 a Virgin tirou seu cheque gordo e entrou a Marussia Motors, que transformou o time em Marussia F1 Team. Mesmo com essa grande dúvida sobre a equipe zumbi Marussia, o nome Manor F1 Team aparece como uma equipe inscrita para 2015. Outra incógnita é se a equipe bretã que revelou dois campeões da F1 usará o nome verdadeiro ou a situação financeira se manterá tão precária no ano que vem que utilizará o nome do patrocinador-mor.

Além da Marussia, outra equipe que está beirando a falência é a Caterham. Sem nunca ter pontuado desde a sua criação, a equipe foi vendida na metade do ano e está na mão de administradores legais. A escuderia malaia até criou um crowdfunding para correr em Abu Dhabi, na última corrida do ano, e terá seus carros guiados pelos pilotos que pagarem mais - leia "com maior patrocínio". A temporada de 2014 termina neste domingo, dia 23 em Abu Dhabi. Sauber, Lotus e Force India, as equipes "médias" do grid que ameaçaram um boicote no GP dos Estados Unidos, convocaram um reunião com Bernie Ecclestone, "chefão" da Fórmula 1, exigindo a divisão igualitária dos lucros da categoria. Ecclestone fará a reunião no fim de semana do GP de Abu Dhabi.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

VEM COMIGO, MONSTRO!

2h da matina e o sábado não estava para começar para Gabriel. Felipe, seu colega de apartamento, bateu na porta do quarto desesperado.
- CARALHO, GABREU! ACORDA! ACORDA! - gritava freneticamente o ilhéu.
Gabréu pulou da cama com um sentimento misto de raiva e tensão. Ao abrir a porta, Felipe estava mais branco que a sharapova da Sharapova (não que eu saiba a cor, né?).
- O que foi, Monstro? - perguntou sonolento Gabriel.
- EXATAMENTO ISSO! Meu, cê não sabe o que aconteceu! - disse Felipe.
- Tá, o cara do Charlie Brown invadiram a cidade? - Ironizou o carvoeiro.
- NÃO, O LÉO STRONDA! -
- Caralho, Felipe. Tu me acordou as 5h da manhã de um SÁBADO para fazer essa piada sem graça? -
- Cara, eu não tô brincando! É SÉRIO! Vem ver na TV! -
Gabriel acompanhou Felipe até a sala, onde a TV de 16 polegadas mostrava imagens aéreas de Florianópolis sendo ataca por Léo Strondas com 25 metros de altura.
- Felipe, me dá um tapa na cara, isso só pode ser um sonho! -
Por garantia, Felipe acertou dois tapas na cara de Gabreu. Espantado com a realidade, o rapaz de Charcoal City nem se importou com o tapa extra. Florianópolis estava sendo destruída por clones gigantescos do Léo Stronda. Os helicópteros das emissoras do estado e do Brasil transmitiam ao vivo o show de horrores que acontecia na ilha. Um dos monstros subiu no Majestic como se fosse um King Kong e arremessou uma vaca ruiva em direção ao helicóptero da RIC Record, que rodopiou em queda livre e explodiu no chão. Pobres vítimas da nossa sede por informação. Gabreu gritou do fundo dos seus pulmões "CARALHO!".
O ataque dos Léo Stronda estava acontecendo no centro da cidade. As pontes já estavam destruídas. Dois Léos Strondas estavam usando as pontes como barra para o supino reto. As únicas saídas da ilha eram por barco ou avião.
- Cara, teremos que pegar a rua principal da Carvoeira em direção a Costeira e de lá, ir para a base aérea da cidade, que fica do lado do aeroporto. Eu sei como chegar. Só não temos com o que chegar! - disse Felipe, já mais calmo e tentando usar todo seu aprendizado no MEJ para resolver problemas.
- Já sei! A Eloá! - Sugeriu Gabreu.
Lá foram os dois em direção o bloco A4. Para sua tristeza, a vizinha-mãe não estava lá, e só restou aos herois ficar pensando ainda mais numa maneira de conseguir um veículo para tentar se salvar do ataque de monstros pescoçudos. Num belo insight, Felipe teve a ideia de estourar a porta do bicicletário.
- Lembra da minha ideia de percorrer a ilha de ponta a ponta em uma bicicleta? Então, não será hoje que farei isso, mas podemos ir até o aeroporto. Assim estaremos vivos para fazer esse percurso quando o as forças armadas destruírem os monstros. - contou Freitaix.
Pelo seu 3G, Felipe descobriu que devido ao grande consumo de fibra e batata-doce, os mísseis e projeteis tinham dificuldade de furar o corpo dos Monstros da Stronda (MdS). A presidente Dilma pediu apoio do exército americano, mas Obama respondeu "Vai pedir ajuda ao porto cubano. Bitch I want some corn dogs". Ironicamente, o exército alemão estava enviando ajuda ao Brasil, pois depois de Florianópolis, as cidades de Curitiba e São Paulo também foram invadidas por MdS. Demoraria 7 dias e 1 hora para a ajuda alemã chegar
Felipe e Gabreu não conseguiam arrebentar a porta do bicicletário, até que Leo Filomena apareceu carregando uma moto com um side-car, afinal, Bros só andam de moto juntos quando ela tem um side-car. É uma Brotorcycle.
- A chave está na ignição! Fujam, eu ficarei para lutar - Contou Filó, que depois voou em direção ao centro para lutar contra os Strondantes.
- Cara, que loucura é essa? - perguntou Gabriel.
- Dude, EU NÃO SEI! - foi a resposta de Felipe.
Enquanto seguiam em direção à base aérea para pegar o avião de fuga, Felipe e Gabriel começaram a conversar sobre seus planos de vida que poderiam não ser realizados.
- Cara, e a sharapova da Sharapova? EU NÃO POSSO MORRER SEM VER ISSO! - lamentava dramaticamente o narigón.
-Velho, nem pensa nisso. Nós vamos sair dessa! Confie em você! - Gabriel tentou acalmar Felipe.
Caças rasgavam o céu em direção ao centro. Tiros e explosões se ouviam mesmo no trevo da seta. Quem está por trás desse ataque? Não conseguiam saber e nem precisavam. O que era necessário era sobreviver.
Ao chegar na base aérea, havia uma enorme fila. Os soldados tentavam organizar as pessoas para a saída de avião da ilha. Mas Felipe se distraiu com não uma, mas duas luzes verdes.
- Gabreu, olha aquelas luzes! É impressão minha ou uma tem a forma de F e a outra de G? -
- Cara, sim. Também tô vendo. -
Eles conseguiram passar pelos soldados. Só precisavam caminhar em direção as luzes. O que nossos herois encontrarão atrás da luz verde?
Bro, vamos ver?