domingo, 12 de julho de 2015

O dia em que acharam que eu e meu pai éramos um casal gay

O ano era 2011 ou 2012, não lembro foda-se. Só sei que era verão. Meu pai tinha um C3 (carro nada másculo) na época. A amiga da minha madrasta estava em Floripa porque o filho dela (amiga) estava no hospital se tratando para bipolaridade.

A minha madrasta ainda não tinha contado para suas amigas sobre seu relacionamento com meu pai, então toda vez que ele ia levar alguma coisa para a amiga dela (vamos chamar de Fulana, já que não lembro o nome dela), a Fulana, ele se apresentava como amigo, e não namorado da minha madrastra.

Meu pai levava algumas comidas para o garoto, afinal, comida de hospital é mó bosta. Junkie food HUE HUE BR em geral. Só que aconteceu um PROBLEMA! A Fulana começou a ficar a fim do meu pai. Meu pai, modéstia a parte, é um baita garanhão. Genética boa.

Um dia eu fui com meu pai no hospital, só que eu fiquei no carro. Meu pai foi lá, entregou as paradas e a Fulana pediu para ele ficar mais um pouco (estilo Dona Florinda e a xícara de café). Ele usou a desculpa "não posso, minha namorada está no carro".

Uns dias depois, a Fulana estavam conversando no salão com as amigas e ela falou "Nossa, muito simpático ele, pena que tem namorada". Nisso, o mulequinho, que também estava no salão soltou "namorada? Que nada. Tava com um garotão no carro. É uma bichona!". Pronto, começou a nossa fama (minha e do meu pai). Depois a fulana foi conversar sobre isso com minha madrasta e ficou aquele mal-entendido. Minha madrasta e meu pai ainda não tinham assumido o namoro. E o pior de tudo é que eu só fui saber dessa fama DEPOIS que tudo foi resolvido. Mas claro, meu pai faz umas cagadas, como comprar uma rosa comigo no C3, usar creminhos e tal...

Felizmente depois foi tudo explicado e eu perdi a fama de michê de velho. Meu pai continua garanhão e eu continuo escrevendo na internet.